Um gramado ‘padrão Fifa’. É assim que o estádio Amigão está em relação ao verdadeiro tapete que recebeu após a reforma, exatamente para atender às necessidades das competições que serão realizadas em 2019. A obra, feita pela empresa Campanelli e coordenada pelo engenheiro agrônomo Hélio Gondim, foi realizada em cinco etapas: retirada do gramado, instalação de sistema de irrigação automatizada, instalação do sistema de drenagem, distribuição de areia e nivelamento do campo, plantio e consolidação da grama.
Apesar de estar praticamente concluído, faltando menos de 30 dias para estar apto a receber jogos oficiais, ainda não se tem a certeza de quando o campo será inaugurado. Segundo o gerente do Amigão, Ascânio Pacelli, a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) do Governo da Paraíba ainda não sinalizou quando fará o evento festivo para marcar a reabertura da principal praça esportiva de Campina Grande.
No dia 4 de agosto, logo depois que o Treze jogou a última partida que aconteceu no estádio Amigão esse ano contra o Ferroviário/CE, valendo o título de campeão da Série D, os operários já iniciaram o processo de desplacamento (retirada) total da grama. Em conversa com o CORREIO, Hélio Gondim explicou como funcionou cada etapa para a implantação do novo gramado.
Após a retirada das placas, o processo foi instalar um sistema de irrigação automatizado. Agora, toda a irrigação não depende mais de intervenções humanas, pois é feita apenas através de uma programação prévia de um sistema automatizado.
A terceira etapa foi a implantação do sistema de drenagem. Através dele, toda a água da chuva e da irrigação será retirada do campo e coletada em caixas d’água instaladas dentro do próprio estádio. Além dessa água, foi descoberta uma mina que brota de lençóis freáticos na parte do vestiário e acesso aos túneis do gramado, que também será drenada e servirá para irrigação, exatamente para que não haja encharcamento em nenhum local do campo.
A quarta fase foi a distribuição de areia e nivelamento do campo. No Amigão, aproximadamente três mil metros cúbicos de areia foram usados em toda a área que a grama foi plantada. Depois de distribuída, ainda nessa fase foi feito o nivelamento a laser para que nenhum lado do local fique irregular. Segundo Hélio, o sistema a laser dá a impressão de uma mesa super nivelada para quem olha.
“A superfície final fica ideal para as partidas. O pessoal diz que o campo parece uma mesa e, realmente, quando se faz esse nivelamento é a impressão que dá pelo bom nivelamento”, disse.
Na última etapa, a grama foi plantada e se realizou um processo de consolidação da mesma. Antes de plantá-la, é feita a incorporação de insumos como adubo e fertilizantes minerais para que nada prejudique a grama depois de plantada. Grandes rolos foram desenrolados na superfície e para a consolidação é feito, durante 60 dias, um trabalho de irrigação, adubação e fertilização.
O trabalho completo durou em média 90 dias. Ainda de acordo com o engenheiro Hélio Gondim, a grama que foi plantada é do tipo Bermuda Celebration, utilizada em várias arenas do país. Segundo ele, é a melhor grama comercializada atualmente no mundo para esta finalidade.
“Esta grama é utilizado em vários estádios e arenas do Brasil. Existem três tipos de bermudas que são comumente comercializadas, mas a Celebration é disparada a melhor e mais vendida no mercado”, concluiu o engenheiro.
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Por Lídice Pegado, em Correio da Paraíba, 11 de novembro de 2018.
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